Usuários acusam Sistema BRT de esperteza
Muitas plataformas do BRT na Zona Oeste (Campo Grande, Bangu, Realengo e Santa Cruz) não tem bilheterias funcionando em tempo integral e a opção é usar os terminais eletrônicos que não dão o troco, estão programados para receber recargas múltiplas de Cr$ 5,00, quando o valor da passagem é de R$ 3,40. Quem conta é o estudante universitário Álvaro Dias, morador de Santa Cruz que chama isso de golpe.
Turistas, visitantes e usuários esporádicos não voltam para resgatar o resíduo (R$ 1,60). Se voltassem, o bilheteiro só recompraria o cartão (R$ 1,00), a carga residual não, diz uma bilheteira do sistema. A única opção que o usuário tem para zerar o saldo do cartão é completar o valor de uma passagem que o obriga a viajar mais uma vez, portanto, não resolve o problema, completa a bilheteira.
O fechamento dessa conta não acontece, pois voltar a um terminal custa o preço de duas passagens, superior ao resíduo.
Por que o bilheteiro não compra o cartão e o saldo residual e zera a operação financeira, é esperteza? E esse resíduo deixado por turistas, visitantes e usuários eventuais, pra quem fica? Porque as bilheterias ficam sem um operador?
A única resposta é: desonestidade falta de respeito a um público numeroso que nem percebe a fraude.
O caso se repete nos ônibus alimentadores do sistema onde alguns motoristas aumentam o preço da passagem por conta própria ao argumentar que não tem troco ficando com os R$ 0,10 do passageiro, que ficam sem ter onde reclamar. Nesses casos, quando o passageiro reclama, acontecem muitas agressões e chingamentos.